terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Wondertown - Parte I

   Quando ela acordou, estava em pé, com a sua amiga sentada no chão logo a sua frente, e parecia num estado de transe, quase como se dormisse tranquilamente, mas não se mexia. Ambas vestiam longas roupas brancas, vestidos leves, mas estavam descalças. Estavam em uma sala com paredes brancas, que dava em uma floresta, como se a parede tivesse sido arrancada. Entre os canteiros altos com árvores grandiosas, flores e arbustos verdes, havia um caminho de pedras, que se estendia até a sombra das arvores cobrirem-no. Na parede de frente da floresta, havia uma porta, menor do que de costume, com uma maçaneta prateada. Por mais que ela tentasse abrir e gritasse por socorro, a porta não se abria, estava trancada. Perto de um dos canteiros se localizava uma pilha de galhos secos, quebrados, com algumas folhas em volta, como se alguém os tivesse os catado ao longo do caminho, pois este estava limpo.
   Ela tentava chegar perto do caminho para entrar e ver onde dava, mas toda vez que se aproximava um relógio que marcava 12h00, adiantava-se rapidamente para 0h00, e tudo envolta ficava sombrio, o silencio reinava. Podia se ouvir respirações e rosnados de animais grandes, e viam-se olhos vermelhos brilhando em meio ao verde escuro da floresta. Depois de algumas vezes tentando, ela não se atreveu a chegar perto da floresta novamente, com medo. Resolveu deitar no colo da amiga, pois já havia tentado de tudo para tentar sair de lá.
    Adormeceu, e quando acordou , estava deitada diretamente no chão gelado, e branco assim como o resto da sala. Olhou envolta e viu que a sua amiga estava sentada em outro lugar, olhando para ela.  As duas tentavam entender o que estava acontecendo, e então entraram na floresta, que dessa vez não escureceu e nem pareceu sombria.
   Pelo caminho andaram, correram, brincaram e até cantaram, esquecendo de suas preocupações, até que chegaram a um ponto onde havia um túnel, e entrar por ele era a única maneira de continuar. Parecia que nele havia um muro escuro, pois não entrava luz dentro. Tomaram coragem e entraram. O túnel não pareceu muito longo, e nem muito curto, pois logo que entraram não demorou ate saírem.
   Saíram no fim da floresta, e ouviam barulhos de risadas, musicas e crianças. Atravessaram o ultimo pedaço e pararam em uma cidade colorida, como se estivesse em comemoração: balões, crianças correndo, carrinhos de algodão doce, etc. olhavam as construções, que eram coloridas. Tudo parecia de doce, tudo era decorado como em um carrossel. Não demorou ate que algumas crianças viessem lhes puxar as roupas e chamá-las para brincar. Encantadas com tudo, seguiram-nas. As pequenas meninas se dirigiam até um lugar onde chamavam de parque, que tinha uma forma de espiral em alto-relevo. Elas corriam pra cima, e as duas ainda juntas corriam atrás. Quando finalmente chegaram ao topo, viram uma arvore enorme, com folhas verdes radiantes, e um tronco forte. Envolta dela, haviam quatro bancos, e num deles estava sentada uma outra amiga das duas rodeada de outras crianças que brincavam de ciranda.


Continua!

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